Sabemos que programar o dia e um horário para a transmissão de uma Live não está nada fácil, considerando que a concorrência aumenta a cada minuto. A quantidade de DJs de todos os quilates é surpreendente, e não esquecendo as apresentações patrocinadas de cantores de peso. E isso vem acontecendo no mundo inteiro, para ajudar a amenizar o pesadelo que estamos vivendo em épocas de Covid-19. Tenho acompanhado as Lives de inúmeros DJs, algumas prendendo mais a minha atenção, com os critérios indo da qualidade do som, plano de fundo, locução, um bom set até a interação com o público. E um fato que surgiu nos ultimos dias em uma postagem no facebook do DJ Alessandro Ranes, foi o comentário de que na onda das Lives os DJs se apresentam com profissionalismo, elegância e transmitindo em um ambiente apropriado. Ele também comentou que diferente das Lives, são as transmissões sem nenhum compromisso com a proposta, esbanjando amadorismos como a falta de noção na escolha do local ideal para a instalação do equipamento de som, seguido pelo traje acompanhado do inseparável chinelo de dedos, e por aí vão... Por fim, com palavras mais brandas, reconhece que cada um se apresenta como quiser; mas se o intuito é a visibilidade, é melhor que futuros contratantes te vejam como um negócio e não como alguém que esteja ali apenas passando o tempo. Pensando bem, procedem as observações do DJ.
O meu passeio pelas Lives me dava a sensação de que eu estava em uma maratona, até que um dia me senti exausta. Porém, convencida de que aquilo tudo estava só começando, insisti e encontrei-me involuntariamente com os bons e melhores DJs. Mas não era a hora de parar, então continuei a minha caminhada pelas redes. Como eram muitas opções, não dava para me hospedar somente em uma, e foi no rastro da variedade que vi DJs tocando, mas não se via o equipamento; faltava luz que destacasse as suas armas de trabalho. Vi duas mãos de outro DJ manuseando um distinto equipamento, só não dava para ver o rosto dele, e enquanto não teve a sua transmissão derrubada, premiou os meus ouvidos com um set elegante. Refiro-me ao DJ. Dr. Rafael Paranhos. A derrubada sem pena e sem dó certamente frustrou o objetivo de excelentes DJs como Tonny di Carlos, que costuma tocar com intenção de causar, mas acabou sendo mais uma vítima - Daniel Ragi, que quando cheguei estava mandando bem demais com o seu set de bandas brasileiras, mixadas com muita categoria antes de ser derrubado - Moisés Possato, que no dia em que o visitei recebeu o Luizinho, e com muita sintonia entre os dois, o som correu solto - Bruno Marks, que tocava com muita tranquilidade e, apesar de ter sido a primeira vez que eu entrei para ver o estilo do trabalho dele, gostei do que vi: as viradas do seu set foram sensacionais - Tom Luckascheck, que dividiu os holofotes com a graciosa esposa que entrou na live e fez a alegria da galera. Fiquei por ali dando boas gargalhadas, mas eu tinha que continuar a minha jornada.